Destino
- Demerval Bruzzi
- Dec 8, 2015
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É estranho pensar que não somos donos de nossa vida.
O eu, não somos nós.
O Eu, não é dono de sua própria morada já dizia Freud.
Acreditamos que trilhamos nosso caminho, que somos diretores, atores e escritores de nosso
próprio filme, ao qual chamamos destino.
Somos fruto do acaso, e representamos apenas 1.
Um de 1% dos 3 milhões feitos por dia.
Obra do acaso, creditado ao divino.
O mesmo divino nos ilude com o Livre-Arbítrio.
O livre é ilusório, pois não sou eu o condutor de meu próprio ser.
Entre o ir e vir, conduzir e ser conduzido, volto ao acaso.
O acaso ato da criação, no nascer, nos fez presente.
Mas não como protagonista, e sim, de forma antagônica ao credo popular, um mero
coadjuvante.
Coadjuvante da própria sorte. Sem eira nem beira, sem rumo nem prumo,
Apenas acreditando que a vida vivida, é sua própria vida.
Estranho pensar, que o meu não sou eu, e o eu não é meu.
A vida não tem mapa nem rota.
Alguns pegam atalho, outros ficam parados.
Mas no ritmo frenético da modernidade, onde o caos tem ordem própria,
O que conta é o momento.
Que de tempos em tempos, nos faz pensar.
Somos o que fomos ou o que queríamos ser?
Afinal no sobe desce da vida, somos filhos, somos pais.
Corpo e alma, presente passado e futuro.
Sem pressão ou pretensão,
Sem saber quem fui, sou ou serei
Estaria perdido na vida ou dentro de minha própria vida?
Assim, presente ou ausente.
Pergunto-me finalmente:
Quem sabe entre o aqui e o agora não me encontro novamente?
Prof. Ms. Demerval Guilarducci Bruzzi
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